quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Meus amigos

Termina mais um ano com o Mundo em conflitos
que nos mostram quanto é pequeno o Planeta
para nossos sonhos,
e grande para abrigar tantas disputas...

Agradeço a partilha amiga e com um abraço terno,
almejo para vocês um Ano Novo bom de verdade.

A Fernando Peixoto, companheiro de alma,
dedico os dois presentes recebidos hoje,
aceno do "Tempo Novo" que juntos sonhamos...

Aos filhos adorados, dedico a certeza de que a Paz
nasce em nós e vale a pena lutar por ela sem trégua!

Reverencio o Ano que se vai,
convicta que o Tempo não erra
(mesmo sem entender muitas de suas lições).

Faço aqui este pedido em tom de súplica
por todos nós e... Feliz Ano Novo!

Sylvia Cohin
Em 31 de dezembro de 2008

Marcadores: , , ,

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008


A obra de Fernando Peixoto
é um legado de amor à Vida e à Humanidade.
Externou sua preocupação com o mundo em peças literárias
preciosas com a frontalidade que lhe foi peculiar,
sendo ele próprio, exemplo de sobriedade na vida que viveu.
Em sua homenagem e memória neste natal,
este poema que não conclama à tristeza, mas à
'consciência universal', em meio a tantas discrepâncias.
Sylvia Cohin




PARA AMARMO-NOS

Fernando Peixoto

Que sirva sobretudo o nosso amor
para mudar o que anda à nossa volta,
porque eu não posso amar com tanta dor
que acende no meu peito esta revolta.


Não quero sublimar o meu prazer
olhando para o lado, em detrimento
do que vejo, do que me faz doer,
e me traz a náusea, o sofrimento.


Para amarmo-nos temos de sentir
e traçar claramente a nossa sorte.
Para amarmo-nos temos de partir
numa luta contínua contra a morte.


Só então teremos o direito
de olhar de frente o mundo em desafio
buscando um ser mais livre e mais perfeito
terminando com este desvario.


Teremos de vencer este cansaço
que empurra o nosso corpo à letargia
e darmos nossas mãos, o nosso abraço
para erguer no Futuro um Novo Dia.


Amando desta forma travaremos
o cruel apetite da cobiça
e só das nossas mãos suspenderemos
o fiel da balança da Justiça.


FERNANDO PEIXOTO

Vila Nova de Gaia,
PORTUGAL, em 06 de janeiro de 2008
Obra Protegida pela Lei de Direitos Autorais 9.610
Mantenha os Créditos

Marcadores: , ,

domingo, 7 de dezembro de 2008


« Confissão »

(Para a mulher que Amo, em 08 de março 2005)

Tanta coisa eu tinha p'ra dizer-te!
Tanta coisa que sempre desejei,
Falar deste modo de querer-te
Tão forte como nunca imaginei,

Palavras que em silêncio proferi.
Imagens de nós dois com que sonhei,
Que cioso guardei só para ti
No cofre dos segredos que fechei...

E se agora me atrevo a confessar
O segredo que sempre te escondi
É porque não suporto mais a dor

Do segredo que tinha que calar,
Do desejo de estar ao pé de ti
E de poder amar-te, meu Amor!

FERNANDO PEIXOTO
Vila Nova de Gaia - PT

(Publicado em 10.03.2005)

Marcadores: , ,